Principal divulgador da obra de Darwin na França de Pasteur, o botânico e médico Charles Baudelaire foi autor de uma série de livros que extrapolaram sua área de atuação e se tornaram, no correr do século XX, seminais na cultura médica e artística mundial.
Em As flores do mal, Baudelaire faz um grande compêndio das plantas tóxicas então conhecidas - não apenas as letais, como também as alucinógenas, e mesmo as terapêuticas (ou assim tidas na época). Ainda que bem delimitado no pensamento da época, As flores do mal não deixa de ser revolucionário pela forma como aplicou a distinção cartesiana mente-corpo à medicina e às drogas, sendo a primeira vez que se tem registro na literatura médica da distinção entre vício físico e vício psíquico.
Curiosidades: "Flor do mal" é a alcunha dada por Baudelaire à papoula e, conseqüentemente, ao ópio, droga que ele chegou a a fazer uso.
Intelectuais como Walter Benjamin, escritores como Adous Huxley e compositores como Jim Morrison (The Doors) foram influenciados por esta obra de Baudelaire. Os três admitiram explicitamente que foi ela a motivadora a experimentar certas drogas.
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