29 de janeiro de 2013

As flores do mal - Charles Baudelaire

Principal divulgador da obra de Darwin na França de Pasteur, o botânico e médico Charles Baudelaire foi autor de uma série de livros que extrapolaram sua área de atuação e se tornaram, no correr do século XX, seminais na cultura médica e artística mundial. 
Em As flores do mal, Baudelaire faz um grande compêndio das plantas tóxicas então conhecidas - não apenas as letais, como também as alucinógenas, e mesmo as terapêuticas (ou assim tidas na época). Ainda que bem delimitado no pensamento da época, As flores do mal não deixa de ser revolucionário pela forma como aplicou a distinção cartesiana mente-corpo à medicina e às drogas, sendo a primeira vez que se tem registro na literatura médica da distinção entre vício físico e vício psíquico.

Curiosidades: "Flor do mal" é a alcunha dada por Baudelaire à papoula e, conseqüentemente, ao ópio, droga que ele chegou a a fazer uso.
Intelectuais como Walter Benjamin, escritores como Adous Huxley e compositores como Jim Morrison  (The Doors) foram influenciados por esta obra de Baudelaire. Os três admitiram explicitamente que foi ela a motivadora a experimentar certas drogas.

26 de janeiro de 2013

Ficções - Jorge Luis Borges

Talvez não seja de conhecimento do grande público, mas o grande historiador e intelectual argentino, Jorge Luis Borges, famoso tanto por seus estudos na área de história do comportamento, quanto de história da literatura, passando pela geologia, geopolítica e lingüística (ufa!), também se aventurou pela ficção. Ao longo de sua vida publicou vários contos em suplementos literários de jornais e revistas. Como contista, Borges começou de baixo: seus primeiros contos, quando ainda não era famoso por sua obra teórica, foram publicados pelo El vecindario de Palermo, do qual seu tio era editor. No fim da vida, contudo, chegou a ter dois textos publicados pela Life e Time.
Toda sua obra, desde El vecindario de Palermo até Time e Life foi reunida após sua morte em Ficciones. Se o livro não tem o mesmo peso da sua obra teórica, não é motivo para ser desprezado: o argentino mostra desde o início bom domínio da pena e grande criatividade. Ainda que publicados durante toda sua vida, praticamente todos os contos foram escritos até 1944, e dão uma mostra do potencial do jovem Borges - infelizmente desperdiçado.

Curiosidade: Time e Life travaram uma verdadeira disputa pelos contos do autor. A Time publicou o conto "Prólogo", na edição de 12 de janeiro de 1986, enquanto a Life publicou "El fin" em 2 de março do mesmo ano. Infelizmente, Borges morreu antes de conseguir emplacar mais dos seus textos.

24 de janeiro de 2013

Cinqüenta tons de liberdade - E. L. James

Este livro seria, na verdade, a verdadeira história que inspirou os demais da série. É a história da jovem e ingênua estudante de artes plásticas Anastasia Steele, apadrinhada pelo obscuro magnata Christian Grey. Influenciada por seu mecenas, Ana passa a aliciar menores para ele, mas é presa em ação do FBI. Grey consegue se livrar do mesmo fim, e promete que viverão juntos quando ela for solta.
Depois de dez anos presa, Ana é solta. Ela e Christian se reencontram sedentos de vingança. Porém vêem que a vida é muito curta para nutrir esse tipo de sentimento e decidem aproveitar a liberdade a dois que novamente desfrutam: resolvem viver cada ano em um chalé em alguma parte diferente do mundo. O primeiro é na Suíça, o segundo, na Argentina, o terceiro, nos Grandes Lagos, e assim a vida dos dois, de liberdade, alegrias e emoções a dois transcorre por cinqüenta anos.

Curiosidades: A autora não confirma, mas estudiosos da obra apontam referências ao livro A vida: modo de usar, de Georges Perec, principalmente quanto ao personagem pintor de aquarelas.

18 de janeiro de 2013

Cinqüenta tons mais escuros - E. L. James.

A continuação seria, na verdade, a verdadeira história que inspirou Cinqüenta tons de cinza, o primeiro livro da série. É a história da artísta plástica Anastasia Steele que, quando caminhava para o ápice da sua carreira, sofre um acidente que não apenas desfigura seu rosto como a torna inapta a enxergar cores: agora o mundo se resume a tons de cinza - cinqüenta, para ser mais exato. Nesse nebuloso mundo cinzento, enquanto luta para esconder a deformidade do rosto, briga para retomar a carreira, e nessa empreitada vê no seu antigo empresário, Christian Grey, que por contrato ainda detem o poder para defini-la, seu maior adversário.

Curiosidade: Insiprado no filme Abre los ojos (por Alejandro Amenábar e Mateo Gil, 1997), que também inspirou o filme Vanilla Sky (Cameron Crowe, 2001).

16 de janeiro de 2013

Cinqüenta tons de cinza - E. L. James

Em Vancouver, estado de Washington, uma misteriosa doença se apossa de seus habitantes: conseguem apenas enxergar em tons de cinza - cinqüenta, para ser mais exato. Dentre os habitantes locais estão Anastasia Steele, jovem artista plástica virgem e que ainda não "virou mulher", e Christian Grey, velho CEO de uma grande empresa, com imensa fortuna, mil mistérios em torno de si (entre eles a aparência de juventude) e pedófilo. Eles se conhecem em uma sala de chat e passam a se relacionar num jogo tenso e erótico, em que Anastasia tenta preservar sua "pureza" e Grey tenta evitar mostrar sua misteriosa tatuagem.

Curiosidades: Christian Grey é inspirado no protagonista do romance de Oscar Wilde O retrato de Dorian Gray.